Mas a dor é boa. Apenas me lembra de que ele era real.
Mais um dia, tudo de novo. Mesmo sonho, mesmos gritos. Sempre à procura, e nunca ao encontro. Apenas a sensação do nada. ”Será como se eu nunca tivesse existido”. Eu tento não pensar, mas eu lembro-me sempre. A minha cabeça está numa memória antiga, um passado distante, um futuro perdido.. nos meus sonhos que foram destruídos. Tudo parece foi arrancado de mim. Sinto que até minhas memórias irão sumir. Eu irei esquecer. Logo ele irá desaparecer. Eu tenho medo. É disso que sempre tive medo. O som da voz dele pintando minhas memórias, fazendo as minhas feridas. As lembranças inundam a minha mente. Dói e obrigo-me a não pensar mais. Mas há algo de errado. Tudo está sem cor, turvo… Está tudo a desaparecer aos poucos. O desespero corrói-me. O buraco no meu peito protesta. Mas eu tenho que arranjar uma maneira de não esquecer. Lembrar-me sempre de ti, de nós. E tudo isto me faz (re)lembrar que o meu mundo acabou de colapsar e cair nos meus ombros.
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